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Arte Contemporânea: Modos de Usar
Autor: BRAGA, PAULA
Editora: ELEFANTE EDITORA
Avaliação:
R$ 74,00 á vista
Em até 4 de 18.50 s/juros
Fora de estoqueCódigo: 9786587235516
Categoria: Pintura
Descrição Saiba mais informações
Em Arte contemporânea: modos de usar, Paula Braga divide com os leitores o prazer de circular por este universo — um imenso prazer, a julgar pelos dezenove capítulos do livro. Os “modos de usar” elencados pela autora passam muito longe dos estereótipos sobre galerias e vernissages: ambientes exclusivos frequentados por gente fina, elegante e sincera, disposta a desembolsar cifras escandalosas em obras destinadas à fruição de um círculo reduzido de entendedores. Cenas como essa não encontram lugar por aqui.
Tampouco há dicas para bem avaliar ou investir em esculturas, nem curiosidades sobre a excêntrica genialidade de artistas aclamados. Paula Braga não perde tempo com egos, fofocas ou picuinhas. Ao analisar trabalhos de criadores consagrados como Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Carlos Zílio e Beatriz Milhazes, além de nomes menos conhecidos do grande público, ela quer discutir as formas pelas quais a arte afeta e é afetada pela realidade. Dá pra saber que seus escritos passarão longe da espiral de vaidade que acompanha o mundo das exposições logo na epígrafe, emprestada do francês Robert Filliou: “Arte é aquilo que faz a vida ser mais interessante que a arte”.
Nessa perspectiva, consegue abordar, de maneira acessível e instigante, um assunto normalmente restrito a patotas impenetráveis. Conforme avançamos na leitura, percebemos que a autora fez bem ao abandonar uma carreira promissora como analista de sistemas para se dedicar à estética — e tudo depois de ter se encantado com uma pintura de Lasar Segall na casa de um amigo. Esse mesmo brilho nos olhos, capaz de mudar vidas, escorre entre as vírgulas e os pontos finais de Arte contemporânea: modos de usar.
Cada capítulo tem dois momentos: primeiro surge uma crônica, na qual Paula Braga liberta sua prosa instigante e despojada, flertando com a autoficção; depois, e em diálogo com o texto que o antecede, deparamos com um ensaio crítico, mais acadêmico, porém nada sisudo.
A combinação de estilos segura a mão da gente em um rolê aleatório pelo labirinto da arte contemporânea, sem fio condutor. A proposta é se deixar levar por uma autora que enxerga a arte como caminho para a investigação existencial, a produção de pensamento e a formação de subjetividades desviantes da norma, sem deixar de pontuar as mazelas do neoliberalismo e a desintegração do tecido social brasileiro nestes tempos distópicos.
Acabamento | Brochura |
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Páginas | 312 |
Data de publicação | 31/08/2021 |
Formato | 12x18 |
Lombada | 2.3 |
Altura | 2.3 |
Largura | 12 |
Comprimento | 18 |
1 | |
Código de Barras | 9786587235516 |
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