Frei Antônio de Santana Galvão (1739-1822) – primeiro brasileiro beatificado pelo Vaticano – revelou extraordinária mediunidade. Capaz de curar à distância, profetizar, levitar, desdobrar-se espiritualmente, foi clarividente de grandes recursos. Dedicado servidor da Igreja, entregou-se de corpo e alma à Ordem Franciscana, fundada por Francisco de Assis (1181-1226), o Pobrezinho da Úmbria. Frei Galvão fundou o Mosteiro da Luz, inaugurado em São Paulo, em 1774. Durante sua construção – empenhado em concretizar um sonho –, trabalhou junto de escravos na condição de simples pedreiro. Aos inegáveis talentos paranormais associou a extrema humildade, honestidade e absoluta delidade aos princípios cristãos. Em 1861, O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, explicaria os fenômenos mediúnicos à luz da razão e da experimentação, livre de preconceitos e dogmas religiosos. Neste romance inspirado, os sonhos e o destino de Frei Galvão ganham nova interpretação, retrato el de um santo homem, médium da Caridade.