Fatos inusitados aguardam os leitores desse livro. Quem foi Hugo Chávez? Golpista ou progressista? Como o militar que sonhava ser astro de beisebol - e várias vezes pensou em deixar o Exército (“minha alma rangia de contradições”) -chegou ao Palácio de Miraflores? Como foi possível conquistar a presidência da Venezuela pelo voto popular em 1999, mesmo depois de ter comandado um golpe de Estado, anos antes, contra o presidente Carlos Andrés Pérez? Chávez queria criar “uma utopia concreta”, considerava Jesus Cristo, “o verdadeiro Cristo”, um revolucionário, “o maior socialista”, e não admitia ser considerado mito nem chamado de golpista (julgava-se um “patriota revolucionário”). “Hugo Chávez: minha primeira vida” é o resultado de duzentas horas de conversas do polêmico líder venezuelano com o jornalista e sociólogo espanhol Ignacio Ramonet. Tanto quem defende quanto quem condena Hugo Chávez encontra neste livro bons argumentos para reafirmar sua opinião.