No passado recente, ao embalo da tendência observada na generalidade dos países da Europa Ocidental, foram introduzidas, no nosso país, modificações profundas no sistema de Segurança Social, mormente no que concerne à metodologia de cálculo do valor das pensões. A adopção de tais medidas deixa antever a redução significativa dos rendimentos futuros e o consequente desenvolvimento dos esquemas privados de previdência, a título de complemento das prestações de reforma auferidas no âmbito do sistema público. Porém, o denominado risco de longevidade - consequência do envelhecimento demográfico que, grosso modo, se observa desde meados da década de 80 do século XX -, afeta tanto a sustentabilidade dos sistemas públicos como a solvência dos esquemas de pensões privados. O presente texto tem como objetivo apresentar e discutir os aspectos financeiros e atuariais subjacentes a alguns dos produtos financeiros que se inserem no segmento da previdência privada, a saber, as rendas de capitalização, os seguros de vida e os planos e os fundos de pensões. Cremos, assim, que poderá constituir um instrumento de interesse para estudantes, profissionais da Banca e dos Seguros, bem como para todos aqueles que se dedicam à área das finanças.